A UC3M e o INCIBE desenvolvem uma nova métrica que permite avaliar com maior precisão a privacidade dos utilizadores de bases de dados digitais
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A UC3M e o INCIBE desenvolvem uma nova métrica que permite avaliar com maior precisão a privacidade dos utilizadores de bases de dados digitais


A Universidad Carlos III de Madrid (UC3M), em colaboração com o Instituto Nacional de Cibersegurança (INCIBE), entidade tutelada pelo Ministério para a Transformação Digital e da Função Pública, através da Secretaria de Estado das Telecomunicações e Infraestruturas Digitais, promoveu o desenvolvimento de uma nova métrica probabilística destinada a medir de forma mais precisa o nível de privacidade e proteção dos utilizadores em diferentes bases de dados.

A investigação, publicada recentemente na revista científica Array, reviu a métrica habitualmente utilizada no domínio da privacidade de dados (K-anonimidade) e propôs um novo sistema para a melhorar.

“A K-anonimidade tem sido utilizada há anos, mas apenas mede quantas pessoas são exatamente iguais a outra dentro de uma base de dados, ou seja, não demonstra se um utilizador está ou não realmente bem protegido”, explica Rubén Cuevas Rumín, subdiretor do Instituto Mixto UC3M–Banco Santander en Big Data Financiero. “O que a nossa métrica propõe é uma medida alternativa que incorpora informações probabilísticas, em vez de indicar apenas quantos utilizadores coincidem com outros”.

Esta nova forma de medir calcula a probabilidade de um indivíduo ser semelhante a outro utilizador com base no conjunto de dados que existe dentro do sistema (por exemplo: idade, género, interesses...), oferecendo assim informações muito mais úteis para avaliar e comparar a privacidade dos seus utilizadores.

«Esta abordagem permite examinar com mais detalhe o nível de anonimato oferecido por diferentes plataformas digitais e compreender como pequenas modificações na forma de armazenar os dados podem ter um grande impacto na privacidade», salienta Rubén Cuevas.

​​Uma métrica testada com casos práticos

Os investigadores aplicaram esta métrica em plataformas como o LinkedIn, X ou Meta, e os resultados mostram diferenças significativas entre elas. «Vimos que o LinkedIn e o X oferecem maior proteção de privacidade do que o Meta. Também verificámos que, com alterações muito simples, como substituir a idade exata de um utilizador por uma faixa etária, a plataforma Meta poderia multiplicar por dez o seu nível de privacidade», exemplifica Rubén Cuevas.

Os investigadores sublinham a importância de os utilizadores estarem cientes do nível de privacidade dos serviços digitais que utilizam, para reduzirem os riscos associados a fugas ou utilizações indevidas de informações pessoais.

«É fundamental que a sociedade preste atenção às bases de dados que armazenam as suas informações e à proteção que oferecem, uma vez que as fugas podem dar origem a práticas perigosas se os sistemas não forem bem concebidos», conclui Rubén Cuevas.

Esta investigação foi realizada no âmbito do projeto ANTICIPA e financiada pelo INCIBE (Instituto Nacional de Ciberseguridad) através dos fundos do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência, financiado pela União Europeia (Next Generation).

Projeto ANTICIPA

Este projeto faz parte do convénio estabelecido entre o INCIBE e a UC3M intitulado ANTICIPA, incluído nos Projetos Estratégicos em Espanha, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, com financiamento dos Fundos Next Generation-EU. Estas iniciativas integram o Programa Global de Inovação em Segurança, contemplado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através da Componente 15. Investimento 7 Cibersegurança: Fortalecimento das capacidades de cidadãos, PME e profissionais e dinamização do sector.

O Instituto Nacional de Cibersegurança é uma entidade tutelada pelo Ministério para a Transformação Digital e da Função Pública, através da Secretaria de Estado das Telecomunicações e Infraestruturas Digitais, consolidado como entidade de referência para o desenvolvimento da Cibersegurança e da confiança digital dos cidadãos e das empresas. Além disso, é um motor de transformação social e de oportunidades para a inovação, fomentando a I+D+i e o talento.

A Universidad Carlos III de Madrid (UC3M) é uma universidade pública espanhola que se destaca na investigação, docência e inovação. É considerada a melhor universidade pública espanhola em empregabilidade, segundo o The Global University Employability Ranking and Survey 2026. Figura nos primeiros lugares em Espanha pelo seu rendimento geral na última edição do U-Ranking, e entre as melhores universidades do mundo no ranking QS World University Rankings 2026. É, além disso, a primeira universidade da Europa a conseguir a dupla acreditação ACEEU pela sua contribuição e impacto no tecido industrial e social. Conta também com outras acreditações e distinções prestigiadas, como o selo EUR-ACE no quadro das engenharias, e a acreditação AACSB nos programas empresariais e financeiros.

Vídeo: https://youtu.be/dPLtN_d73QE?si=HjO3ECYHgpJa1bvk

Referência bibliográfica:
A. Merino, A. Cuevas, R. Cuevas. KPN-anonymity: Extension of K-anonymity for user anonymity evaluation on web applications. Array.
https://doi.org/10.1016/j.array.2025.100499.
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Regions: Europe, Spain
Keywords: Business, Knowledge transfer, Universities & research, Applied science, Computing, Engineering, Technology

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