Criado para reconhecer as descobertas científicas mais notáveis na área biomédica, este prémio internacional ganhou uma reputação cada vez maior como um precursor do Prémio Nobel, já que premiou, numa edição anterior, dois autores que posteriormente foram distinguidos com o Prémio Nobel de Medicina.

A quarta edição do prémio internacional da Fundação BIAL, o BIAL Award in Biomedicine, tem nomeações abertas até 30 de junho. Esta edição, que conta com um aumento significativo no valor do prémio para 350 mil euros, procura reconhecer o trabalho publicado na vasta área biomédica nos últimos 10 anos, com resultados de excecional qualidade e relevância científica.

Um Júri independente escolherá o trabalho vencedor entre os trabalhos de investigação empírica de elevada qualidade em biomedicina publicados a partir de 2016 em revistas com revisão por pares. Os artigos devem ser nomeados por Sociedades Científicas, Diretores de Faculdades de Medicina, Diretores de Institutos de Investigação da área da Biomedicina, Diretores de prestigiadas Academias, pelos Membros do Júri, pelos Membros do Conselho Científico da Fundação e por anteriores premiados do Prémio BIAL. Autonomeações não são permitidas.

Presidido pelo neurocientista Ralph Adolphs, o Júri conta com mais 12 membros designados pelo European Research Council, Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, European Medical Association, Conselho Científico da Fundação BIAL, anteriores vencedores do Prémio BIAL e editores do British Medical Journal e do New England Journal of Medicine.

Ralph Adolphs desafia grupos organizados de cientistas a nomear trabalhos notáveis e salienta que "as nomeações são bem-vindas para artigos de autoria de cientistas em qualquer fase de sua carreira e de qualquer país do mundo".

O presidente da Fundação BIAL, Luís Portela, destaca que "este Prémio tem como objetivo reconhecer o trabalho que mais contribuiu para a melhoria da saúde da humanidade" e dá o exemplo de "Drew Weissman e Katalin Karikó, coautores do artigo vencedor da edição de 2021, que mais tarde receberam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina".

Na última edição, este prémio distinguiu um artigo publicado na Nature em 2019 que representa uma investigação pioneira para a compreensão do cancro humano, especificamente o glioblastoma, um tipo muito agressivo de tumor cerebral com um tempo médio de sobrevivência de apenas um ano e meio. A equipa vencedora foi liderada por Varun Venkataramani, Frank Winkler e Thomas Kuner, da Universidade de Heidelberg, Alemanha.

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